18/09/2008

Polaca - parte 2

O porteiro me entregou o jornal, e me olhou como quem quisesse puxar papo. Não o fitei, simplesmente ignorei, com aquela cara de que "não funciono de manhã".
Entrei no meu apartamento, joguei o jornal na mesa e fui tomar um café forte, bem forte, prá espantar o sono insistente da manhã.
Abri o jornal, vi uma foto do nosso presidente e acima os dizeres:
"Presidente diz que não sabia de nada"
Nosso presidente nunca sabe de nada. Fato!
Logo abaixo, diziam algo sobre um assassinato num hotel aqui nos arredores da Pça da República, onde encontraram um homem nú, com perfurações no peito, pescoço, e pernas, pênis decepado e alojado no ânus. "Detalhes dispensáveis" - pensei comigo mesmo. Eu queria era saber sobre a polaca, sobre a maldita garota que havia tido com o velho naquela noite. Mas, a reportagem se ateve à buracos, sangue derramado, pau e cú. Que se foda tudo isso.
Deixei o jornal de lado... e passei o dia pensando na Polaca...

A simulação real do universo imaginário e presente

  Era um poeta dos sonhos e um pintor das reflexões mais profundas. Sua mente transbordava de ideias surreais, mergulhadas em um mar de dúvi...