Não que achasse errado ou ficasse chateada com aquilo, mas sabia que não era bem vista pelos vizinhos. Cansada de vestir a máscara da alegria, vestiu-se de sujeira e podridão. A lascividade pulsante e corrente em seu sangue, cristalizava em seus olhos a vontade do desconhecido, do perigoso e do anônimo. Não era de ninguém, mas pertencia ao mundo, amando e odiando cada ser, cada centelha de vida que atravessou seu caminho.
Perfumava-se com cerveja barata e fumaça de cigarro. O toco do batom marcava sua boca e as bochechas. Seu cabelo era naturalmente penteado, num emaranhado de nós. Sua melhor roupa era sua pele nua em pelo, nem pouco, nem muito, na medida.
Na perversão da vida era a estrela, sem nem precisar ser atriz.
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