Parece que um caminhão passou por cima de mim. Vomitei tanta purpurina, que devo ter engolido todas as almas do carnaval. Mas não é só de almas que eu vivo.
Melhor fazer um café para curar essa ressaca cintilante, ofuscante e hipnótica. Como pode caber tanto caco de vidro brilhante nesse estômago?
Corte o suficiente para dar vazão ao sangue, ao líquido viscoso vermelho e roxo. Aqui dentro circula meu sangue e de mais mil almas.
E se eu canto, é porque me deste voz. E pra ti eu canto a festa do carnaval
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